segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cartaz do Espetáculo "Café quente em Noite Fria"


Arte de Robson Vilalba Reis (www.estacaofinlandia.blogspot.com)
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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Novo Processo de Trabalho: café quente em Noite Fria - Ilustração Texte

Ilusatração de Robson Vilalba Reis (http://www.estacaofinlandia.blogspot.com/)
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Novo Processo de Trabalho: Café quente em Noite Fria

Primeiros Ensaios....


Cenas dos Ensaios no novo processo de trabalho do Grupo Caos e Acaso de Teatro : " Café Quente em Noite Fria". A dramaturgia e a direção são assinadas por Roberto Sales com a colobaração de todo Grupo.

O espetáculo analisa de forma épica momentos da História recente do Norte do PR, - a geada Negra de 75 e suas consequências para o Pequeno agricultor: a proletarização, a desorientação frente ao seu mundo, o ciclo migratório, a chegada da construção civil, A industrilaização do Campo, o Comercio e desenvolvimento urbano da cidade
Se Existe Algum Papel reservado ao Teatro, neste processo de trabalho, é o de contribuir - ou mais insicivamente - de brigar por um espaço em que as falas dos oprimidos possam saltar do mundo dos mortos e contar outra História. A Sua. Sobre Esse passado que espera redenção, ninguem melhor que Benjamim para nos dizer: " O passado traz consigo um índice misterioso, que o ímpele à redenção...Não existem nas vozes dos que escutamos, ecos das vozes que emudeceram?"




"(...) Ao lado da casa, havia uma árvore em chamas. Era um fogo que ardia sem sombra; uma combustão permanente que não consumia os galhos, nem o tronco, nem a folhagem. Essa era a árvore que o padre buscava desde os tempos de infância, na mata e na cidade; agora ela ardia silenciosamente, na mais trágica das noites. Os prédios e casas, na linha do horizonte, pareciam pequenos diante dela. A Lua era um detalhe secundado por estrelas pálidas. E o padre sabia que essa árvore era anterior ao mundo.


Quando se voltou para contar o que vira aos homens, todos eles já se estavam em retirada. Despediram-se silenciosamente. Saíram do silêncio da casa para o silêncio maior da noite. Em fila, caminharam até seus destinos. Os vivos voltaram para a vida, os mortos voltaram para a morte, e a geada caiu sobre todos os cafezais. Se viram a árvore flamejante, levaram o segredo até o dia da passagem."


Paulo Briguet






"(...)Revistas e jornais daqueles dias mostram o frio europeu que atingiu o sul do Brasil. Em Curitiba ainda se relembra e comemora a neve daquela ocasião. No norte, onde o café era a principal atividade econômica, o frio intenso assumiu ares de tragédia, não sobrou espaço lembranças alegres. Haviam ocorrido geadas fortes em 1963, 1964 e 1966, prenúncios da maior de todas. No dia seguinte, a Folha afirmava que os cafeicultores estavam de luto, mas os órfãos, a história mostra isso, eram a população do Norte, em especial os colonos, os pequenos proprietários, os comerciantes, as cidades, todos aqueles que se relacionavam direta ou indiretamente com a cafeicultura. Foram todos atingidos em seu modo e no seu estilo de vida, tivemos de reaprender a viver." Roberto Bondarik









Café quente em Noite Fria ....em processo de permanente Construção




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domingo, 3 de maio de 2009

O Teatro Chora: Morre Augusto Boal


Morreu na madrugada deste sábado aos 78 anos o diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal. Expoente do Teatro de Arena de São Paulo (1956 a 1970) e fundador do Teatro do Oprimido (inspirado nas propostas do educador Paulo Freire), ele sofria de leucemia e estava internado na CTI do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. No final de março, ainda teve forças para marcar presença um uma conferência da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em Paris, onde recebeu o título de Embaixador Mundial do Teatro. O corpo do dramaturgo será cremado por volta do meio-dia deste domingo, no cemitério do Caju.
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sexta-feira, 1 de maio de 2009

DIA DO TRABALHO - Luto e Miséria dos Trabalhadores


1 de maio de lutas sem peleguismo
Raymundo Araujo Filho


Temo pelo que as gerações futuras ainda vão presenciar, em termos de distorções históricas e culturais, em troca de benesses e empregos públicos, como vemos hoje acontecer, e tendo como protagonistas, a grande maioria dos Dirigentes Sindicais e dos Movimentos Sociais brasileiros, apaniguados do Governo Lula.

O que temos visto estes anos, com “atos unificados”, onde as forças sindicais conservadoras conseguiram impor aos que outrora eram combativos, mas hoje cederam as suas dignidades, ou melhor, a dos Trabalhadores que representam (já artificialmente apenas), em troca de trinta dinheiros e boas posições sociais.

Espetáculos musicais de famosos, sorteios de carros e quetais, festa, lazer barato para este Povo que beira a indigência e acaba aceitando a despolitização de suas perspectivas históricas, em troca de parco lazer e, quem sabe, alguma sorte em sorteios que premiam um a cada mil dos presentes.

A sordidez ideológica toma conta de nossa sociedade e, pior, contamina de forma avassaladora aqueles que se constituíram como lideranças sociais, no meio e calor de uma luta secular e que tanto sangue, suor e lágrimas (e mortes) geraram.

Assim, transforma-se o Dia do Trabalhador, em um pífio e despolitizado Dia do Trabalho, onde a maior benesse passa a ser um dia de folga, em obediência à Data internacionalmente reverenciada.

Neste 2009, o que vemos aqui no Brasil, é de causar muita angústia, indignação desespero e ...Raiva!

Mas, precisamos não daquela Raiva difusa, individualista e estreita, própria daqueles que no fundo são tão individualistas quanto aqueles a quem criticam.

Precisamos de uma raiva coletiva, moderada pelos mais altos princípios do Amor Universal, o qual devotamos aos Pobres e Oprimidos e Desvalidos Sociais em geral. Não podemos mais sermos cortezes com quem nos oprime. Não podemos mais continuar sendo educados, com quem nos trata sem a menor educação e urbanidade.

Precisamos ter coragem de cortar na própria carne e afrontar aqueles Iscariotes que, mesmo estando entre nós se dizendo Trabalhadores, estão a serviço do Capital. Precisamos nos posicionarmos firmemente, sem pensar nos reveses que isso possa causar às nossas vidas pessoais. E, para isso precisamos nos libertar da ideologia do Consumo e Bem Estar Burguês. Esta não pode ser a meta dos trabalhadores e cidadãos de bem.

Assim, com muita angústia pessoal, gostaria deixar registrada esta exortação à Luta Sem Tréguas contra o Capital e seus aliados, mesmo que alguns destes tenham tido, em longínquos dias, atos dignos e de coragem em prol do Povo Pobre e Trabalhador.

Então, à Rebelião, pois!
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