sexta-feira, 1 de maio de 2009

DIA DO TRABALHO - Luto e Miséria dos Trabalhadores


1 de maio de lutas sem peleguismo
Raymundo Araujo Filho


Temo pelo que as gerações futuras ainda vão presenciar, em termos de distorções históricas e culturais, em troca de benesses e empregos públicos, como vemos hoje acontecer, e tendo como protagonistas, a grande maioria dos Dirigentes Sindicais e dos Movimentos Sociais brasileiros, apaniguados do Governo Lula.

O que temos visto estes anos, com “atos unificados”, onde as forças sindicais conservadoras conseguiram impor aos que outrora eram combativos, mas hoje cederam as suas dignidades, ou melhor, a dos Trabalhadores que representam (já artificialmente apenas), em troca de trinta dinheiros e boas posições sociais.

Espetáculos musicais de famosos, sorteios de carros e quetais, festa, lazer barato para este Povo que beira a indigência e acaba aceitando a despolitização de suas perspectivas históricas, em troca de parco lazer e, quem sabe, alguma sorte em sorteios que premiam um a cada mil dos presentes.

A sordidez ideológica toma conta de nossa sociedade e, pior, contamina de forma avassaladora aqueles que se constituíram como lideranças sociais, no meio e calor de uma luta secular e que tanto sangue, suor e lágrimas (e mortes) geraram.

Assim, transforma-se o Dia do Trabalhador, em um pífio e despolitizado Dia do Trabalho, onde a maior benesse passa a ser um dia de folga, em obediência à Data internacionalmente reverenciada.

Neste 2009, o que vemos aqui no Brasil, é de causar muita angústia, indignação desespero e ...Raiva!

Mas, precisamos não daquela Raiva difusa, individualista e estreita, própria daqueles que no fundo são tão individualistas quanto aqueles a quem criticam.

Precisamos de uma raiva coletiva, moderada pelos mais altos princípios do Amor Universal, o qual devotamos aos Pobres e Oprimidos e Desvalidos Sociais em geral. Não podemos mais sermos cortezes com quem nos oprime. Não podemos mais continuar sendo educados, com quem nos trata sem a menor educação e urbanidade.

Precisamos ter coragem de cortar na própria carne e afrontar aqueles Iscariotes que, mesmo estando entre nós se dizendo Trabalhadores, estão a serviço do Capital. Precisamos nos posicionarmos firmemente, sem pensar nos reveses que isso possa causar às nossas vidas pessoais. E, para isso precisamos nos libertar da ideologia do Consumo e Bem Estar Burguês. Esta não pode ser a meta dos trabalhadores e cidadãos de bem.

Assim, com muita angústia pessoal, gostaria deixar registrada esta exortação à Luta Sem Tréguas contra o Capital e seus aliados, mesmo que alguns destes tenham tido, em longínquos dias, atos dignos e de coragem em prol do Povo Pobre e Trabalhador.

Então, à Rebelião, pois!

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